31 julho 2009

Crowded House - Don't dream it's over


Bandas de Hit só existem no mundo as pencas. Crowded House é uma banda Australiana que pertence a esse panteão dos "Deuses"que conta também com gente como 4 Non Blondes, Blind Melon, Peter Schilling e Big Country. Há algum tempo atrás a vizinhissima fez uma postagem sobre o 4 Non Blondies e falou como era difícil ser fã de uma One Hit Wonder Band. Aliás durante a pesquisa para a postagem encontrei um site dedicado somente a One Hit Wonder Band, tudo super organizado. Dividido por décadas, desde a década de 50. Neste link a lista dos 100 mais do site.
Pois bem, no caso do Crowded House até o Google sabe que esta banda tem um único hit, se bem que o Google sabe de tudo mesmo, quando digitei o nome da banda procurando a imagem que ilustra o post, advinhem o que aconteceu:
Primeiro resultado site da banda.
Segundo resultado vídeo no youtube para Don't dream it's over.
No caso do Browser que tem o recurso de completar o termo a ser pesquisado foi mais impressionante ainda, comecei a digitar "Crowd...." ele ele já completou "Crowded House - Don't dream it's over ", realmente um prodigio.
Enfim, o Crowded House foi formado em Melbourne na Austrália em 1984 e pasmem a banda ainda está na ativa. Deve ser difícil sobreviver com um único hit, lançado a cerca de 23 anos. A música é de 1986.
O problema do Crowded House além de ser uma banda de hit só, é completamente desconhecida. Quando você escuta a música tocar, você simplesmente não faz ideia de quem seja, não sabe nem mesmo o nome da música. Você leitor provavelmente não faz ideia também de qual música estou falando, por esse motivo coloquei o clip aqui para que não restem dúvidas de que a banda é de um Hit Só.
Particularmente eu acho a música piegas, mas como todos sabem eu sou piegas, por isso ganha a tag de breguíssima.

Eu gosto bastante de Don't Dream It' s Over, essa é uma das músicas que não sei por qual motivo me lembram da minha infância e as tardes brincando com figuras de ação dos super amigos na casa da minha tia. Nem mesmo Freud pra explicar uma coisa dessas...

PS's:
1-A foto em tamanho grande é para que ninguém mais esqueça do Crowded House.
2-O Youtube desativou a incorporação do vídeo de Don't Dream It's Over, então quem ficou curioso pode clicar aqui para assistir
3- Antes que algum fã de Crowded House reclame, banda ainda tem uma música chamada Something So Strong que tocou em alguma rádio aqui do Brasil. Mas Hit mesmo só a música que é a razão da existência desse post.

19 julho 2009

WOXY - 2009 modern rock 500


O MIMH foi criado com a intenção de deixar registrado qual música esta marcando determinado momento ou lembrança da minha vida, ou aquela música que você deixa no repeat dezenas de vezes etc. Mas e quando o motivo de "vicio" não é uma música apenas, quando o motivo de vício são 500! É isso que está acontecendo nesse momento comigo.
Foi ao ar a pouco mais de um mês na Woxy, a melhor rádio online que existe, o top 500 anual do Rock Moderno, seja lá o que isso quer dizer. Mas esse ano a Woxy se superou, estão disponíveis no site, divididos em blocos de 20, as 500 músicas para serem escutadas. E a lista é deliciosa. Enquanto escrevo este post a sequencia aqui em casa é a seguinte:

36 The Cure Boys Don't Cry
37 New Order Bizarre Love Triangle
38 Patti Smith Gloria
39 The Clash Should I Stay Or Should I Go
40 Nirvana Come As You Are
41 James Laid
42 Lou Reed Walk On The Wild Side
43 Kate Bush Running Up That Hill
44 Jeff Buckley Last Goodbye
45 Radiohead Karma Police
46 Echo & The Bunnymen Lips Like Sugar
47 R.E.M. Losing My Religion
48 Pixies Gigantic
49 Pavement Cut Your Hair
50 Beastie Boys Sabotage
51 U2 New Year's Day
52 Violent Femmes Kiss Off

Desde terça ou quarta-feira da semana passada eu entro no site da Woxy, escolho um bloco e deixo tocando. Evidentemente não gosto de uma ou outra música, mas entre as 500 não gosto de umas 30 músicas apenas.
Lista de melhores normalmente são injustas. No caso do vigésimo top 500 da rádio online WOXY não foi diferente, não concordo muito com o primeiro lugar para os Pixies, apesar de adorar a música. Acho dificil algum ano superar as primeiras colocações do ano passado, que foram músicas que eu gosto muito:

10. U2 - Sunday Bloody Sunday
9. Radiohead - Paranoid Android
8. Nirvana - Smells Like Teen Spirit
7. The Clash - London Calling
6. Pixies - Where Is My Mind?
5. R.E.M. - Radio Free Europe
4. The Smiths - How Soon Is Now?
3. Violent Femmes - Blister In The Sun
2. Joy Division - Love Will Tear Us Apart
1. Radiohead - Creep

A lista completa pode ser vista e escutada aqui

11 julho 2009

Depeche Mode- Enjoy the Silence


Ah a juventude! Quando se é jovem todas as dores são infinitas, toda rejeição é para sempre. Eu como bom pisciano acho que a melancolia me cai bem, apesar de dizerem o contrário. E talvez uma das músicas que mais alimentaram a melancolia da minha juventude foi Enjoy the Silence.

O Depeche Mode para mim era a banda do Strangelove, música até que boa mas muito alegre para o meu gosto melancólico. Tanto que a banda nunca chamou muito a minha atenção.
Mas tudo mudou quando ouvi Enjoy the Silence pela primeira vez, numa época que eu sempre tinha uma fitinha cassete no rádio para gravar o Arquivo do Rock da finada 89 a Rádio Rock. Nessa época, quando a 89 era boa, no final de cada hora tinha o famoso o Dia no Rock onde sempre era tocada uma música de alguma personalidade que estava fazendo aniversário. Então a primeira vez que eu ouvi a música tema do post tem data: 23 de julho, dia do aniversário do Martin Gore, só é dificil lembrar o ano, mas provavelmente foi em 1995.
Tão obcecado por Enjoy de Silence talvez seja uma das primeiras músicas que eu traduzi. Ela música marcou tanto o meu segundo grau que lembro de ter feito um desenho da capa do Violator, álbum que ela faz parte. O desenho talvez um dos mais bonitos que eu já fiz, usando nanquim e uma caneta ponta fina vermelha. Infelizmente se perdeu no tempo e no espaço entre os meus 15 e os meus 20 anos. Recentemente eu comprei o vinil do Violator, e percebi algo que nunca tinha reparado. A flor da capa é "violentada" pelo título do álbum.
Em relação a música nem preciso dizer que acho ela quase perfeita até os dias de hoje*, e que ela consegue nublar até um dos mais belos dias de sol, mas fazer o que, é a beleza da tristeza.


Nesse link tem a versão ao vivo que a EMI impediu que eu colocasse no blog
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* O único senão da música é o final. Depois que a melodia termina vem um "Enjoy the Silence" à capela que quebra o clima soturno.

02 junho 2009

IRA! X Júpiter Maçã - Miss Lexotan

Para o bem ou para o mal sempre tive simpatia por essa música na versão original do Júpiter Maçã. Gostava da melodia da letra etc.

Hoje entrando na pastinha de músicas do soulseek me deparei com a versão do IRA!, como estava a um tempo com vontade de escutar a música resolvi apelar para essa versão, que não lembrava se já tinha escutado. Escutei a música umas 20 vezes e cada vez fui gostando mais da música, mas algo me dizia que a versão original era melhor. Na verdade de memória eu lembrava e tinha certeza que a original era melhor. Para sanar a dúvida recorri ao youtube.

Ah as armadilhas da memória...
A versão do Ira! é do caralho e nesse momento acho que é melhor que a original¹. E agora estou numa dúvida atroz. Eu já tinha escutado a versão do IRA!? Era essa versão que eu lembrava? Será que a versão original que achava ser melhor era realmente a que eu achava ser melhor? Dúvidas que nunca serão resolvidas, pois mais uma vez caí na terrivel armadilha da memória músical. Talvez meu insconsciente fizesse uma manobra para a versão original ser melhor por que, também inconscientemente essa versão me remetesse a um período bacana da vida...enfim nunca saberei hehe.
Eu tentei colocar os dois vídeos aqui, mas não existe vídeo para a versão do IRA!. Então vou deixar somente o vídeo da original.




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1-Evidente que a original não é ruim, em hipótese alguma. Apenas nesse momento prefiro a versão do IRA!

01 junho 2009

The Horrors - Who Can Say

Bom, a um tempo que vinha ensaiando o retorno do blog que afinal sempre tive muito carinho. Mas na sexta-feira aconteceu um fato inusitado, recebi um email do Top Blogs falando que o Music Inside, mesmo sem atualização a quase 8 meses tinha sido indicado ao top blogs, interpretei como um sinal hehe. O link está ai ao lado, mas eu não faço ideia de qual o procedimento para votação.

Realmente já estava ensaiando essa volta, estava em dúvida sobre qual musica ilustraria esse retorno, estava entre "The Rip" do Portishead, mais uma do M83 para voltar de onde tinha parado ou alguma do Radiohead. Mas como a volta teve uma interferência inusitada a escolha também foi inusitada.

Desde a primeira vez que ouvi a Banda The Horrors eu não gostei. Nada me chamou atenção para as música e a banda, devo admitir, sempre foi vista por mim com olhos tortos. Acontece que na quarta-feira estava escutando a Woxy e começou a tocar uma música que me encheu de melancolia, um sentimento deverás apreciado por esse blogueiro. Então foi paixão a primeira escutada, desde então não parei de ouvir "Who Can Say", primeiramente direto no myspace da banda, o que fez eu me interessar por outras músicas - mas nada no nível dessa perfeição pop - depois baixei a música e a rotação dela no Winamp está impressionante. Como o MIMH é sobre a música que está me tocando no momento eles ganharam o post. A música me prendeu por que tem todos os elementos que eu julgo básicas para uma boa canção pop: guitarra nervosa, pausas na música, vocais acompanhados apenas da bateria, variações ritimicas da bateria e principalmente o maldito sintetizador esse por mais simples que seja sempre me arrebata nas canções.
Para completar a letra da música, que resolvi ver agora enquanto fazia o Post, é muito boa e eles são ingleses... O ponto negativo fica por conta do visual emo-gótico....


07 setembro 2008

M83 - Graveyard Girl

Falta de tempo e preguiça são coisas lamentáveis, pedir desculpa e se lamentar é deprimente. A verdade é que este espaço não está completamente jogado as traças. Já comecei a escrever três postagens antes dessa sobre o M83. Julieta Venegas (ainda vou ficar devendo esta vizinhissima), LUNA e José Gonzáles. Talvez um dia estas postagens virem realidade e sejam publicadas, mas não agora.

Isso porque algumas coisas na nossa vida tem sua hora, a música é assim também, se elas passam sem que aproveitemos o seu tempo elas perdem a razão de ser. Neste momento não há sentido em escrever sobre essas músicas, porque o tempo delas já passou. Mas isso não significa que seja para sempre. Algumas canções que ficaram muito tempo na nossa cabeça e depois saíram, acabam voltando pra sempre. Esse é o eterno retorno de Nietzsche? Acho que não¹. De outra feita, as vezes acontece de canções que voltam a martelar nossa cabeça depois de muito tempo, perdem o encanto quando vamos escutá-las novamente. Outras, que passam pela nossa vida, mesmo que não escutemos mais ficam guardadas para sempre no nosso coração e na nossa alma, isso por que são canções lindamente escritas, especiais e justamente por isso marcantes. Outras canções nos acompanham para sempre.

Toda essa volta para dizer que estou escutando não apenas uma, mas o álbum inteiro do M83, chamado de Saturdays = Youth. O M83 é um duo de música eletrônica francesa, as suas músicas me transportam para um estado de contemplação sobre como somos complicados, a nossa vida é estranha e porque raios não simplificamos ela. Talvez por que não somos nem (+) nem (-), nem preto e nem branco. Nunca somos imparciais, nunca estamos completos.

Como a proposta deste espaço é escolher uma música especifica, eu fico com Gaveyard Girl, a música é muito bonita, a sonoridade marcante e a garota do clipe é uma graça, linda mesmo, e ainda por cima tem algumas coisas em comum comigo: toca bateria e tem uma fascinação pela morbidez. A letra conta a histórinha de uma menina que gosta de ir ao cemitério a ação do clipe se desenvolve em torno desta temática, e aqui mais uma referência nostálgica a minha adolescência de rebelde sem causa que ia de vez em quando ao cemitério do bairro.

O clipe ainda tem um jogo interessante de cores, quando a personagem alterna roupas pretas e brancas. Quanto a mim não consigo ser nem preto nem branco afinal tal como um dia nublado, que é a mistura dessas duas cores, eu sou cinza.




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1-Obviamente não sei nada sobre o eterno retorno do Nietzsche e só fiz uma piadinha.

26 agosto 2008

Suicidal Tendencies - Institutionalized

O que você faz quando uma música fica martelando na sua cabeça e você não sabe do que música que é mas tem certeza que é um som muito bom? Já faz pelo menos uns dois anos que estou atrás dessa música do Suicidal Tendencies. Atrás modo de dizer, na verdade eu sabia até de quem era a música, porém, como não tenho muita afinidade com Hardcore nunca tive grande interesse de ir atrás da música.

Embora seja Hardcore a música tocada de forma quebrada alterna momentos em que este estilo é apresentado em sua vertente mais rápida e californiana, porém são os momentos “leves”, em que só percebemos que se trata de Hardcore pela distorção característica do pedal usado na guitarra, que me chama a atenção e a vocalização nestes momentos

Eu escutei essa música a primeira vez nos tempos que a Rádio Brasil 2000 estava muito boa, não sei se na empolgação por fazer parte de um seqüência de músicas excelentes gostei muito quando escutei “Institutionalized”, então sempre que eu ouvia falar em Suicidal Tendencies eu lembrava da música “quebrada” deles. É engraçado como a memória traí, quando recorremos a ela é complicado perceber as coisas como realmente são¹; ou percebemos de forma muito positiva ou de forma negativa. Não que a música seja ruim, ela é muito boa porém, não tem o encanto que eu “lembrava” ou imaginava que ela tinha.

Mas tudo bem para se ter uma idéia do meu interesse pela música, quando fui procurar o vídeo para colocar no post “Institutionalized” é logo a primeira da lista do YouTube quando se digita Suicidal Tendencies. Se eu realmente estivesse realmente desesperado pela música já teria encontrado a tempos, talvez minha memória não tenha me enganado tanto, algum mecanismo interno dizia que eu estava com muita expectativa.

Assistindo ao vídeo e falando dessas questões sobre memória meu lado Historiador “aflorou”, a música é de 1983 porém os integrantes da banda usam os camisões que seriam consagrados posteriormente com a geração grunge, fato que até me deixou confuso em relação a data do clipe², embora no clipe as garrafinhas de Pepsi deixem a pista de que o clipe é oitentista. Pelo clipe ainda podemos perceber que existe muita estética latina e negra, o visual da banda lembra muito o de cantores de Hip Hop que hoje vemos a todo o momento na MTV. A banda foi formada num dos guetos de Los Angeles no período Reagan, marcado por grande conservadorismo nos Estados Unidos, talvez seja por isso que o Suicidal ficou proibido de fazer shows por cinco anos no país. A letra de Institutionalized tem uma sacada muito boa, eu fui atrás pra ter uma idéia do que eles estavam falando, pensei em reproduzir um pedacinho, mas acho que melhor colocar a letra inteira em português³. Tirem suas conclusões.



Suicidal Tendencies - Institutionalized

Às vezes eu tento fazer coisas, e não funcionam do jeito que eu queria. E eu fico muito frustrado. É tipo... eu tento muito fazer, e gasto meu tempo, mas não funciona do jeito que eu queria. É como... eu me concentro muito nisto, mas não funciona. E tudo que eu faço, tudo que eu tento... nunca dá certo. É tipo... eu preciso de tempo para pensar nisso.
Tem sempre alguém dizendo: “Hei, Mike, a gente soube que você tem passado por vários problemas ultimamente, sabe. Você talvez devesse sair, e talvez você devesse falar sobre isso, você sentiria bem melhor”.
Eu digo: “Não. Está tudo bem. Eu resolvo. Só me deixe sozinho. Eu resolvo. Eu me viro”.
E eles dizem: “Bem, se você quiser falar sobre isso, eu estarei aqui, sabe, e você, provavelmente, se sentirá bem melhor se falar sobre isso. Então por que você não fala sobre isso?”.
Eu digo: “Não! Eu não quero! Eu estou bem! Eu resolvo sozinho”.
Mas eles continuam me aborrecendo
Continuam me aborrecendo
E isso me deixa furioso

Então você vai ser institucionalizado
Você virá com seu cérebro lavado e com olhos vermelhos
Você não terá nada a dizer
Eles irão lavar seu cérebro até que você aja do mesmo modo que eles

Eu não estou louco (Instituição!)
Você é que está louco (Instituição!)
Você está me deixando louco (Instituição!)

Eles me prendem numa instituição
Dizem que é a única solução
Para me dar a ajuda profissional necessária
Para me proteger do inimigo: eu mesmo

Eu estava no meu quarto, e estava olhando para a parede pensando em tudo, mas então, novamente, eu não estava pensando em nada. E então minha mãe chegou, e eu não sabia que ela estava lá. Ela chamou meu nome mas eu não a ouvi
Então ela começou a gritar: “Mike! Mike!”
E eu digo: “O quê? Qual o problema?”
Ela diz: “Qual o problema com você!?”
Eu digo: “Não há nada errado, mãe”
Ela diz: “Não me diga isso! Você está drogado!”
Eu digo: “Não, mãe. Eu não estou drogado. Eu estou bem. Só estou pensando. Por que você não me traz uma Pepsi?
Ela diz: “Não! Você está drogado!”
Eu digo: “Mãe! Eu estou bem. Só estou pensando”
Ela diz: “Não! Você não está pensando, você está drogado. Gente normal não age assim!”
Eu digo: “Mãe, só me traz uma Pepsi, por favor. Tudo que eu quero é uma Pepsi”
E ela não queria me dar!
Tudo que eu queria era uma Pepsi!
Só uma Pepsi!
E ela não me dava!
Só uma Pepsi!

Eles te dão uma camisa branca com mangas longas
Enlaçadas nas suas costas, te tratam como ladrões
Te drogam porquê são preguiçosos
Dá muito trabalho ajudar um louco

Eu não estou louco (Instituição!)
Você é que está louco (Instituição!)
Você está me deixando louco (Instituição!)

Eles me prendem numa instituição
Dizem que é a única solução
Para me dar a ajuda profissional necessária
Para me proteger do inimigo: eu mesmo

Eu estava sentado no meu quarto e minha mãe e meu pai chegaram. Então eles puxam uma cadeira e se sentam.
Eles dizem: “Mike, precisamos falar com você”
E eu digo: “OK. Qual o problema?”
Eles dizem: “Eu e sua mãe temos ouvido falar que você tem passado por vários problemas. E você tem desaparecido sem razão alguma. E nós estamos com medo de que você vá machucar alguém. Estamos com medo de que você se machuque. Então nós decidimos que seria de seu interesse se colocássemos você em algum lugar onde você possa conseguir a ajuda que precisa”
E eu digo: “Espere! Do que vocês estão falando? “NÓS decidimos”? “MEU interesse”? Como vocês podem saber qual é o meu interesse? Como vocês podem dizer qual é o meu interesse? E o que vocês estão tentando dizer? EU estou louco? Quando eu fui para as SUAS escolas, eu fui para as SUAS igrejas, eu fui para os SEUS institutos de facilitação de aprendizado! Então como vocês podem dizer que eu estou louco?”

Eles dizem que vão consertar meu cérebro
Aliviar meu sofrimento e minha dor
Mas enquanto eles consertam minha cabeça
Mentalmente, eu estarei morto

Eu não estou louco (Instituição!)
Você é que está louco (Instituição!)
Você está me deixando louco (Instituição!)

Eles me prendem numa instituição
Dizem que é a única solução
Para me dar a ajuda profissional necessária
Para me proteger do inimigo: eu mesmo

Não importa. De qualquer forma, eu, com certeza serei atropelado por um carro.

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1-Aqui quase um sacrilégio que os Históriadores de Verdade irão me condenar, uma das coisas que o curso de história me mostrou é que não existe verdade absoluta.
2-O Google me ajudou a resolver esse problema.
3-Existem inúmeros sites que tem a possibilidade de acessar em inglês pra quem quiser.
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