07 setembro 2008

M83 - Graveyard Girl

Falta de tempo e preguiça são coisas lamentáveis, pedir desculpa e se lamentar é deprimente. A verdade é que este espaço não está completamente jogado as traças. Já comecei a escrever três postagens antes dessa sobre o M83. Julieta Venegas (ainda vou ficar devendo esta vizinhissima), LUNA e José Gonzáles. Talvez um dia estas postagens virem realidade e sejam publicadas, mas não agora.

Isso porque algumas coisas na nossa vida tem sua hora, a música é assim também, se elas passam sem que aproveitemos o seu tempo elas perdem a razão de ser. Neste momento não há sentido em escrever sobre essas músicas, porque o tempo delas já passou. Mas isso não significa que seja para sempre. Algumas canções que ficaram muito tempo na nossa cabeça e depois saíram, acabam voltando pra sempre. Esse é o eterno retorno de Nietzsche? Acho que não¹. De outra feita, as vezes acontece de canções que voltam a martelar nossa cabeça depois de muito tempo, perdem o encanto quando vamos escutá-las novamente. Outras, que passam pela nossa vida, mesmo que não escutemos mais ficam guardadas para sempre no nosso coração e na nossa alma, isso por que são canções lindamente escritas, especiais e justamente por isso marcantes. Outras canções nos acompanham para sempre.

Toda essa volta para dizer que estou escutando não apenas uma, mas o álbum inteiro do M83, chamado de Saturdays = Youth. O M83 é um duo de música eletrônica francesa, as suas músicas me transportam para um estado de contemplação sobre como somos complicados, a nossa vida é estranha e porque raios não simplificamos ela. Talvez por que não somos nem (+) nem (-), nem preto e nem branco. Nunca somos imparciais, nunca estamos completos.

Como a proposta deste espaço é escolher uma música especifica, eu fico com Gaveyard Girl, a música é muito bonita, a sonoridade marcante e a garota do clipe é uma graça, linda mesmo, e ainda por cima tem algumas coisas em comum comigo: toca bateria e tem uma fascinação pela morbidez. A letra conta a histórinha de uma menina que gosta de ir ao cemitério a ação do clipe se desenvolve em torno desta temática, e aqui mais uma referência nostálgica a minha adolescência de rebelde sem causa que ia de vez em quando ao cemitério do bairro.

O clipe ainda tem um jogo interessante de cores, quando a personagem alterna roupas pretas e brancas. Quanto a mim não consigo ser nem preto nem branco afinal tal como um dia nublado, que é a mistura dessas duas cores, eu sou cinza.




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1-Obviamente não sei nada sobre o eterno retorno do Nietzsche e só fiz uma piadinha.